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Auto de arrematação e carta de arrematação: veja as diferenças

Antes de participar de um leilão, é importante entender como ele funciona e quais são os documentos envolvidos no processo. A aquisição de bens por meio de leilões pode ser uma excelente oportunidade para realizar um bom negócio, mas exige preparação e conhecimento prévio para evitar surpresas e garantir que todas as etapas sejam cumpridas com segurança. Dois documentos essenciais nesse contexto são o auto de arrematação e a carta de arrematação, que formalizam a aquisição do bem e conferem respaldo jurídico ao arrematante.
Neste artigo, explicaremos as diferenças entre esses documentos, o que deve constar em cada um e como são emitidos, ajudando você a participar de um leilão com confiança e clareza.
O que é o auto de arrematação?
O auto de arrematação é o documento emitido logo após a realização do leilão, que registra a arrematação de um bem. Ele funciona como um atestado de que o arrematante deu o lance vencedor e se comprometeu a cumprir as condições descritas no edital de leilão. Este documento é essencial para oficializar o ato de aquisição no contexto do evento, seja ele judicial ou extrajudicial.
Saiba mais: Qual é a diferença entre leilão judicial e extrajudicial
O que deve constar no auto de arrematação?
O auto de arrematação é lavrado pelo leiloeiro e deve conter informações como:
- Dados do arrematante (nome completo ou razão social, CPF ou CNPJ);
- Descrição detalhada do bem arrematado (imóvel, veículo ou outro item);
- Valor do lance vencedor;
- Data, hora e local do leilão;
- Nome do leiloeiro responsável e sua assinatura;
- Declaração de compromisso do arrematante em cumprir as condições do leilão.
Em leilões judiciais, além dessas informações, o auto de arrematação pode incluir dados referentes à decisão judicial que autoriza a realização do leilão e os termos para a homologação da venda.
É importante destacar que, mesmo nesses casos, o auto de arrematação é apenas o marco inicial do processo de regularização, não transferindo, por si só, a propriedade legal do bem ao arrematante.
Para que a transferência seja efetivada, é necessário que o processo de homologação seja concluído, garantindo a consolidação da propriedade conforme os trâmites legais.
O que é a carta de arrematação?
A carta de arrematação é o documento emitido após a arrematação e tem caráter definitivo. Nos leilões judiciais, ela é assinada pelo juiz responsável pelo processo, enquanto nos leilões extrajudiciais, é emitida pela instituição leiloeira. Este documento formaliza a transferência da propriedade do bem para o arrematante, permitindo o registro do bem em seu nome no cartório competente.
O que deve constar na carta de arrematação?
A carta de arrematação inclui:
- Dados completos do arrematante;
- Identificação detalhada do bem arrematado, incluindo matrículas ou registros pertinentes (como RENAVAM, no caso de veículos, ou matrícula do imóvel);
- Valor final da arrematação;
- Informações sobre a quitação do pagamento e eventuais encargos;
- Declaração de transferência do bem ao arrematante;
- Assinatura da autoridade responsável (juiz ou leiloeiro).
A carta de arrematação é o documento que permite ao arrematante efetuar o registro do bem nos órgãos competentes, como cartórios ou Detran, tornando-o oficialmente o proprietário.
Diferença entre auto de arrematação e carta de arrematação
A principal diferença entre o auto de arrematação e a carta de arrematação está na finalidade de cada documento. Enquanto o auto de arrematação é emitido logo após o leilão para registrar o lance vencedor, a carta de arrematação é emitida posteriormente e oficializa a transferência de propriedade do bem.
Outra diferença importante é que o auto de arrematação não confere, por si só, direitos de propriedade ao arrematante, mas serve como um registro preliminar. Já a carta de arrematação tem caráter definitivo e permite ao comprador registrar o bem em seu nome.
Como são emitidos o auto e a carta de arrematação?
O auto de arrematação é elaborado pelo leiloeiro responsável imediatamente após o encerramento do pregão e do pagamento inicial (quando exigido). É lavrado com base nas informações do edital do leilão e nas condições de arrematação estabelecidas.
Já a carta de arrematação é emitida após a homologação judicial (em leilões judiciais) ou após o cumprimento de todas as condições estabelecidas no edital (em leilões extrajudiciais). No caso de leilões judiciais, é necessário que o juiz autorize a emissão do documento, o que pode levar alguns dias ou semanas.
Para que servem o auto de arrematação e a carta de arrematação?
Esses documentos têm funções complementares no processo de aquisição de bens em leilão:
- Auto de arrematação: formaliza a vitória do lance no leilão e registra o compromisso do arrematante em adquirir o bem;
- Carta de arrematação: confere ao arrematante o direito legal de propriedade, possibilitando o registro do bem.
Como registrar o bem com a carta de arrematação
Após a obtenção da carta de arrematação, é necessário realizar o registro do bem em órgãos competentes, como cartórios e o Departamento Estadual de Trânsito (Detran), para formalizar a transferência de propriedade. Esse processo garante que o bem arrematado passe a estar legalmente em nome do arrematante, evitando quaisquer problemas futuros relacionados à posse ou uso.
Passo a passo para o registro do bem:
1. Reúna a documentação necessária: certifique-se de ter em mãos a carta de arrematação original, documento oficial de identificação do arrematante, comprovante de endereço, e outros documentos específicos exigidos conforme o tipo de bem (como Certificado de Registro do Veículo - CRV, em caso de automóveis).
2. Registro em cartório:
- Para imóveis: leve a carta de arrematação ao cartório de registro de imóveis responsável pela matrícula do bem. O cartório irá atualizar o registro, transferindo a propriedade para o nome do arrematante. É importante verificar se há débitos, como IPTU ou taxas condominiais, e quitá-los antes do registro;
- Para outros bens, como veículos: a carta de arrematação deve ser apresentada em um cartório de notas para eventual reconhecimento de firma ou autenticação, caso solicitado.
3. Procedimento no Detran (para veículos):
- Compareça à unidade do Detran de sua jurisdição com a carta de arrematação, o CRV, e outros documentos necessários;
- Pague as taxas de transferência e eventuais débitos pendentes, como IPVA, multas ou taxas de licenciamento;
- Realize a vistoria veicular, se exigida, para comprovar que o veículo está em condições de circular;
- Solicite a emissão do Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV) atualizado em seu nome.
4. Taxas e prazos: fique atento às taxas cobradas por cartórios e Detran, que variam conforme a localidade e o tipo de bem. Além disso, respeite os prazos legais para regularizar a propriedade e evitar penalidades.
Ao seguir essas etapas, você garante que o bem arrematado esteja devidamente registrado em seu nome, assegurando os direitos de propriedade e facilitando o uso ou futura comercialização do bem.
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