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Preço vil e lance vil: entenda o que são e como funcionam nos leilões

Participar de um leilão pode ser uma excelente forma de adquirir bens por preços abaixo do mercado ou vender patrimônio de forma rápida e transparente. No entanto, tanto compradores quanto vendedores precisam estar atentos a alguns conceitos jurídicos que impactam diretamente a validade das arrematações. Um dos mais importantes é o de preço vil e, por extensão, o lance vil.
Neste artigo, você vai entender o que esses termos significam, como são interpretados pela legislação brasileira e o que você deve observar para que um leilão não seja anulado por conta de uma arrematação feita por preço vil.
O que é preço vil?
"Preço vil" é um termo jurídico que se refere a um valor de venda tão baixo que compromete a legitimidade da transação. Em leilões, um bem é considerado arrematado por preço vil quando o valor do lance vencedor é desproporcionalmente inferior ao seu valor de mercado, podendo configurar prejuízo injusto ao devedor ou aos demais interessados na execução.
A legislação brasileira, especialmente o Código de Processo Civil (CPC), não fixa um percentual exato que defina o que é preço vil, mas a jurisprudência tem adotado, como regra geral, que lances inferiores a 50% do valor da avaliação judicial podem ser considerados válidos desde que haja ausência de prejuízo e que o juiz homologue. Caso contrário, a arrematação pode ser anulada.
E o que é lance vil?
O lance vil é uma manifestação prática do preço vil no contexto do leilão. Ou seja, trata-se de um lance realizado em valor que pode ser considerado juridicamente inaceitável por ser demasiadamente baixo.
Alt: Leiloeira conduzindo leilão com público ao fundo em auditório, representando a dinâmica dos leilões
Arquivo: leiloeira-conduzindo-leilao
Por exemplo, se um imóvel foi avaliado em R$ 500 mil, um lance de R$ 100 mil em um leilão judicial pode ser classificado como lance vil, por representar apenas 20% do valor de mercado. Isso pode provocar a anulação do leilão, especialmente se houver impugnação de uma das partes interessadas.
Qual o limite legal para evitar o preço vil?
O artigo 891 do CPC determina que, salvo disposição em contrário no edital ou na decisão judicial, a arrematação é válida mesmo com valor inferior a 50% da avaliação, desde que não se configure preço vil. Assim, a aceitação ou não de um lance muito abaixo do valor está condicionada à homologação judicial, em especial nos leilões judiciais.
Já em leilões extrajudiciais, o edital é o instrumento que estabelece os limites mínimos aceitos para lances. Isso é comum em leilões de bancos, empresas privadas e seguradoras, nos quais é previamente definido o valor de abertura e o valor mínimo aceito.
Por que preço vil é um problema?
Um dos objetivos centrais do leilão é garantir que o bem seja vendido por um preço justo e que os recursos obtidos sejam suficientes para quitar ou abater dívidas pendentes. Quando a arrematação ocorre por preço vil, isso pode:
- Prejudicar o devedor, que terá um menor abatimento na dívida;
- Gerar prejuízo aos credores que aguardam a execução;
- Comprometer a validade jurídica da venda, com possibilidade de anulação posterior;
- Afetar a credibilidade do processo de leilão.
Como evitar a arrematação por preço vil
Para evitar que uma arrematação seja posteriormente anulada por ser considerada vil, é essencial observar:
- O valor da avaliação judicial ou de mercado do bem;
- Os percentuais mínimos estabelecidos no edital;
- A existência de lances concorrentes (um único lance muito baixo é mais suscetível a impugnação);
- A análise e homologação do juiz (em leilões judiciais).
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Preço vil é mais comum em leilão judicial
No contexto de leilões judiciais, a fiscalização sobre o valor da arrematação é mais rigorosa, pois envolve execução de dívidas e interesses de múltiplas partes.
Em contrapartida, os leilões extrajudiciais, como os realizados por bancos e instituições financeiras, têm regras mais objetivas definidas nos editais, o que reduz as chances de um lance ser considerado vil, já que há um valor mínimo definido previamente.
E se o bem não receber lances?
Se um bem não recebe lances no primeiro leilão, pode ser disponibilizado em segunda praça, com possibilidade de lances abaixo do valor de avaliação. Neste caso, a aceitação de um lance menor estará condicionada à avaliação judicial sobre a existência ou não de preço vil.
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Entender o que é preço vil e lance vil é essencial para qualquer pessoa que deseja comprar ou vender em leilões. Além de proteger o processo contra nulidades, o conhecimento desses conceitos assegura um ambiente mais justo e transparente.
Seja você um comprador buscando oportunidades ou um vendedor interessado em liquidez, a orientação adequada e a escolha de uma leiloeira com reputação como a Pestana Leilões fazem toda a diferença para garantir o sucesso do seu negócio.
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