O que é pequena monta? Entenda como funciona

Pequena monta, média monta e grande monta são classificações que determinam o nível de danos que um veículo sofreu após um sinistro. Essas categorias são fundamentais para indicar a viabilidade de uso do veículo e influenciam diretamente seu valor de mercado.

Neste artigo, explicaremos o que é pequena monta, as diferenças entre os tipos de monta, quem faz a classificação dos sinistros, como regularizar veículos sinistrados e como adquiri-los com segurança.

O que é pequena monta?

Pequena monta refere-se a veículos que sofreram danos leves em acidentes, sem comprometer a estrutura ou a segurança do automóvel. Os reparos são geralmente simples e não demandam inspeções técnicas adicionais para que o veículo volte a circular. Nesse caso, o documento do carro não traz nenhuma observação sobre o sinistro, facilitando sua comercialização.

Veículos de pequena monta são ideais para quem busca uma oportunidade de adquirir um automóvel por um preço mais acessível, no qual o valor pode ser significativamente inferior ao de mercado. No entanto, é importante entender que, embora esses danos sejam considerados leves, é sempre recomendável avaliar as condições do veículo antes da compra.

Outras classificações: média monta e grande monta

Além da pequena monta, existem outras duas categorias que definem a gravidade dos danos em veículos sinistrados: média monta e grande monta. Entenda as diferenças:

• Média monta: veículos que sofreram danos estruturais moderados, mas que podem ser reparados e voltar a circular após passarem por inspeções rigorosas e obterem o Certificado de Segurança Veicular (CSV). No documento, constará a observação de que o veículo foi recuperado de sinistro;
• Grande monta:veículos com danos irreversíveis, classificados como perda total. Eles não podem voltar a circular e são destinados apenas ao aproveitamento de peças, sendo vendidos como sucata para pessoas jurídicas autorizadas pelo Detran.

Essa categorização é essencial para que compradores saibam o estado do veículo e suas possibilidades de uso.

Quem classifica o sinistro do veículo?

A classificação dos sinistros em pequena monta, média monta e grande monta é feita por agentes de trânsito ou peritos especializados no momento em que o acidente é registrado. Esse processo segue as normas do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) e envolve uma avaliação minuciosa dos danos sofridos pelo veículo.

Em casos de sinistros mais graves, é realizada uma vistoria detalhada para determinar se o automóvel pode ser reparado e voltar a circular. Essa análise considera fatores como integridade estrutural, segurança para os ocupantes e impacto ambiental.

Saiba mais: Diferença entre carros retomados e veículos sinistrados 

Sistema de pontuação para classificar os tipos de sinistros

A pontuação atribuída ao sinistro é fundamental para definir a classificação do veículo. Esse sistema é baseado nos danos registrados nos componentes do carro. Veja como funciona:

• Pequena monta:de 0 a 20 pontos, indicando que os danos são leves e não comprometem a segurança estrutural;
• Média monta:de 21 a 30 pontos, representando danos estruturais moderados que podem ser reparados;
• Grande monta:acima de 30 pontos, indicando perda total e inviabilidade de reparo.

Essa pontuação ajuda a garantir a segurança no trânsito e orienta os interessados na compra de veículos sinistrados.

O que considerar ao comprar um veículo sinistrado?

Adquirir um veículo sinistrado pode ser uma excelente oportunidade para economizar, mas exige atenção a alguns detalhes importantes. Independentemente da modalidade de compra, seja em leilão, concessionárias ou diretamente com particulares, avaliar o histórico e o estado do veículo é fundamental.

O primeiro cuidado é verificar a classificação do sinistro – pequena monta, média monta ou grande monta. Além disso, é imprescindível solicitar laudos técnicos e relatórios que detalhem os danos sofridos pelo veículo e os reparos realizados. No caso de compra direta, peça o histórico de manutenção e notas fiscais das peças utilizadas. Em leilões, consulte atentamente o edital para obter informações sobre o estado do carro, débitos pendentes e eventuais restrições.

Outro ponto essencial é realizar uma inspeção presencial, de preferência acompanhada por um mecânico de confiança. Ele poderá identificar possíveis problemas que não foram descritos nos documentos e avaliar a qualidade dos reparos.

Além disso, considere os custos envolvidos na regularização do veículo. Verifique se ele já possui o Certificado de Segurança Veicular (CSV), necessário para carros de média monta, e esteja atento a eventuais débitos, como IPVA e multas, que podem ser transferidos para o comprador.

Por fim, analise o valor de mercado do modelo, considerando os custos adicionais com reparos e regularização. Comparar o preço do veículo sinistrado com o de modelos semelhantes em perfeito estado ajudará você a avaliar se o investimento vale a pena. Tomando esses cuidados, é possível adquirir um veículo sinistrado com segurança e aproveitar as vantagens econômicas dessa modalidade de compra.

Por que os leilões são uma boa opção para adquirir veículos sinistrados?

Leilões são uma modalidade confiável e econômica para adquirir veículos sinistrados, especialmente os de pequena monta. Além de preços atrativos – muitas vezes 30% abaixo do valor de mercado –, os leilões oferecem transparência e segurança. Todas as informações sobre o veículo, incluindo a classificação do sinistro, são detalhadas no edital de leilão, permitindo que os interessados tomem decisões informadas.

A compra em leilão é regida por uma legislação federal, garantindo que o processo seja conduzido de forma justa e segura. Além disso, os leilões online facilitam o acesso de participantes de qualquer lugar do país, ampliando as oportunidades de arremate.

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